E ainda mais uma vez ele olhava para aquela fotografia - não pela primeira, nem pela última vez - enquanto um sorriso nostálgico se formava em seus lábios e uma lágrima formava-se em seus olhos até escorrer por um caminho já traçado por tantas outras no rosto daquele homem. Talvez olhar pela janela fosse melhor do que para aquela fotografia, um dia ensolarado, mas de temperatura amena: perfeito para sair e viver a vida, mas ele ainda não se sentia assim.
Eles tinham se conhecido em uma festa, mas foram se apaixonar somente dois encontros depois. Mas se amaram por um verão inteiro, até as primeiras folhas de outono caírem, junto com aquele amor. Indiferença, descaso, solidão. Um deles não sabia que o amor é um cultivo contínuo e, por mais que tentasse, sua própria natureza deixou este amor morrer.
E, ao outro, a dor foi grande, como se um ceifador rasgasse seu peito e, junto com sua pele, retalhasse também seu coração. Mas ele o reconstruiria, Demoraria um inverno inteiro para se dar conta disso, mas o cultivaria para florescer na próxima primavera, ou assim iria ele acreditar. Não deixando nunca de lembrar daquele verão no qual foi feliz, antes daquele amor morrer.
E ainda mais uma vez ele olhava para aquela fotografia - não pela primeira, nem pela última vez - enquanto um sorriso nostálgico se formava em seus lábios e uma lágrima formava-se em seus olhos até escorrer por um caminho já traçado por tantas outras no rosto daquele homem. Talvez olhar pela janela fosse melhor do que para aquela fotografia, um dia ensolarado, mas de temperatura amena. Perfeito para sair e viver a vida.
Ah, eu amo seus textos! Saudade de ler em primeira mão no "Obituário" rs.
ResponderExcluirQue bom que voltou com o blog =]
Adorei como o personagem mudou ao longo do texto. Na verdade, na nossa vida, temos que agir assim: levantando a cabeça sempre! Sei que é fácil falar, mas se não tentarmos, nunca vamos conseguir.
Exato. às vezes é necessário saber mudar e não ficar apenas recordando momentos bons do passado. Nem sempre é fácil, mas a vida trata de recompensar o esforço.
ResponderExcluirUma amiga que me é muito querida disse -me ontem: às vezes a gente dá sorte de achar uma "corda" que esteja afinada com a nossa - Ou mais ou menos afinada.
ResponderExcluirE este é um processo de afinação constante, mas muitas vezes a corda arrebenta e ficamos irados. Aí já viu,né!rsrs
Adorei o seu texto!
Saudações,
Lua.
amei o texto, as vezes é dificil mesmo esquecer o passodo e recomeçar, ainda mas quando queremos que o passado não seja só passado, e sim, presente.
ResponderExcluirpassa no meu blog: macenteioaraujo.blogspot.com
e deixa sua opnião
beijos ;*
Gostei dessa comparação das cordas e afinação. Acho que é bem por aí mesmo.
ResponderExcluirMuito bom... mesmo... voltarei mais vezes
ResponderExcluirGostei do seu texto. Reflexivo na medida certa.
ResponderExcluirShow de bola...
Seja bem vindo, então! :D
ResponderExcluir500 dias com ela?
ResponderExcluirAcabei d ver q o seu comentário é, na verdade o nome de um filme. Quando eu assistir a este, talvez eu volte e dê uma resposta melhor que esta. =P
ResponderExcluiresse texto é seu cara?!!?
ResponderExcluirse for, meus parabens!
muito lindo!
e seja bem vindo a esse mundo blog!
hauahua
vlw
Qual o motivo do povo não acreditar que sou eu mesmo quem escreve os textos, hein?
ResponderExcluirDe qualquer forma, obrigado pelos elogios e pelas boas vindas.
participe e conheça o projeto http://papeisonline.blogspot.com/ para todos que fazem a nova literatura brasileira
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