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8 de ago. de 2010

A fase dos porquês

Quando somos crianças, nossos parentes facilmente conseguem apontar a nossa fase dos "poquês?". É só escutarmos alguma afirmativa ou alguma explicação que o interrogatório começava logo." Mas por quê? E por quê?"... Acontece que a vida passa e essa fase parece ultrapassada quando, na verdade, não o é.

Quem aqui não se pegou perguntando o motivo de não ter ganho uma nota boa na escola ou então, a razão daquele carinha que você estava afim não te dar bola, ou o porquê de sua nota do vestibular não ter sido suficiente, ou porquê de o seu chefe -aquele mala- nunca estar satisfeito por mais que você tenha plena certeza de dar até mais que cem por cento no trabalho?

O fato é que a única coisa que muda nessa fase dos porquês é o tipo de pergunta. Essas indagações sempre nos acompanharão e fazem até parte do nosso processo de auto-conhecimento e percepção - e compreensão - de mundo. O grande problema é quando a fase acaba dominando você e as perguntas falam mais que suas próprias atitudes.

Aí cabe a você parar um minutinho e pensar se vale mesmo a pena se indagar tanto e deixar de viver para procurar respostas. Pois uma coisa é procurar entender como algumas coisas funcionam pra você e outra completamente diferente é bancar o Sherlock com sua própria vida. Nem todas as perguntas foram feitas para serem respondidas (e tem outras que é bem melhor não saber a resposta) e, não cabe a você, meu caro, mudar isso.

Afinal, quando você estiver velhinho; vai parar, sentar um pouquinho, refletir, olhar pra sua trajetória nessa vida e somente uma pergunta deve ser respondida: Valeu a pena?